O Militante das Ordens Inicáticas


Quem é um Pedreiro Livre? É um artesão espiritual, um tijolo do Senhor dos Mundos.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Porque a Maçonaria não Inicia mulheres

Excelente texto elucidativo de autoria da Dra. Martha Follain (http://www.floraisecia.com.br/curriculo.php) , trazido pelos IIr.'. Rui (ruijung@terra.com.br), e Claudiomar Lopes Barcellos, ambos pertencentes ao Rito Shroeder (colegioschroeder@grupos.com.br), e publicado no Diário da Manhã, (Pelotas/RS), na página especial, nº 10, Ano 29, Nº 183:
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Há, basicamente, dois fundamentos para a Maçonaria não aceitar mulheres como membros:
1º) - a origem Operativa da Ordem, e 2º) - por ser, a Maçonaria, um rito solar (masculino).

1º) - Origem Operativa:
A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na Idade Média. Especificamente, a corporação de pedreiros. A palavra "Maçonaria" em francês, "Maçonnerie", é derivada do francês "maçon", pedreiro. Ou, como preferem alguns, do inglês "Masonry" (Maçonaria) e "mason", igualmente, pedreiro.
Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras - eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, pontes, moradias etc, os quais, desde a Antigüidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie de aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicas de seu ofício, em segredo.
Esta fase da Maçonaria é conhecida como "Operativa", porque seus membros trabalhavam em construções – eram obreiros. Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros: o "rough mason", pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou polimento, e o "free mason", pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta.

A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído da Maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes.

As corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino:
"As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral".
Apesar da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um princípio antigo.

No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições das sociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural, podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.

A Maçonaria, em 1730, na França, criou o movimento da "Maçonaria de Adoção". A Maçonaria de Adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII. Uma Loja de Adoção, era conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos.

Tais Lojas foram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de Adoção Santa Carolina.
Porém, a Maçonaria, atualmente, conserva a regulamentação - conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar mulheres.

2º) - Ritos Masculinos e Ritos Femininos:

O grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns tornaram-se herbívoros e, outros, carnívoros. Esses carnívoros tiveram que se lançar na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores. Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social. Diferentemente dos lobos, os hominídeos não se dispersavam após o ataque - e, o grupo caçador era formado por machos. As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiam participar ativamente na perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.
Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais - em seus grupos caçadores, exclusivamente formados por machos.

Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, como cabras e ovelhas, os machos tiveram suas funções caçadoras, diminuídas. Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas - proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina.

O mesmo não ocorre com as mulheres. Esses grupos, associações, preocupam-se com a união entre machos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos - essas entidades exercem um importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicos ancestrais.

Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade essencial - ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas da necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores. É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, um banquete etc. - o sucedâneo da partilha da comida (caça).
Assim, mulheres e homens, geneticamente, possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos. Para a mulher a maternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem, a caça, a guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porém, para recriar os ciclos da Natureza, o princípio feminino e o masculino juntam-se: diferentes, porém complementares.
A Maçonaria reverencia o feminino - seus Templos apresentam o Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo. O Sol e a Lua são símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, sua complementaridade, o feminino.

A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deve estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a Natureza do princípio passivo é reunir e fecundar. As forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.

Atualmente, há Maçonarias mistas, mas, não regulares. A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita a diversidade entre as energias masculinas e femininas.
Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo (.*.), como símbolo - símbolo solar, símbolo masculino. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga – nos objetos celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu. Os Três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em função procriativa. Procriação, que necessita do masculino e feminino.
A Maçonaria, mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina.

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Martha Follain - Formação em Direito, Neurolingüística, Hipnose, Regressão.
Terapia Floral de Bach e Aromaterapia - para animais e humanos.
CRT 21524.
Bibliografia:
Blanc, Claudius - "Maçonaria Sem Mistérios" - São Paulo, Editora Nova Leitura, 2006.
MacNulty, W. Kirk - "Maçonaria" - São Paulo, Editora Madras, 2006. Morris, Desmond - "O Macaco Nu" - São Paulo, Círculo do Livro, 1975.

3 comentários:

Anônimo disse...

Grande Oriente ORTODOXO do Brasil
Carissimo Ir:.
Nos do orinte ortodoxo do Brasil, acatamos a carta da ONU. Os tratados da UNESCO, e a constituição da Republica Federativa do Brasil.
Reconhemos as mulheres em lojas separadas, para evitar a promiscuidade, reconhecemos todos os maçons independentemente de potecia, rito etc. aceitamos e filiamos as lojas odiosamente chamadas "ESPÚRIAS".

um t:.f:.a:.
ir:. raphaelcasaes@oi.com.br

Anônimo disse...

Eu quero ver o que essas pessoas que pregam IGUALDADE dirão quando tiverem que comparecer diante de um tribunal para explicar a discriminação em razão do GÊNERO.

Essa conversa de rito do sol e rito da lua não vai convencer o Supremo Tribunal Federal, defensor da constituição, que diz expressamente, em seu artigo 5º, que não haverá discriminação em razão do sexo. Aliás, o próprio STF já rompeu a barreira da masculinidade e, hoje, duas Ministras o integram. Nem por isso deixou de ser sério e eficiente.

A opção é vocês, maçons, mentirem e dizerem aos juizes que não discriminam as mulheres, apenas não permitem que ingressem no seu Clube do Bolinha simplesmente poruqe não querem Luluzinhas espiando o que fazem lá. Mas daí, onde estará a VERDADE que vocês pregam?

kim disse...

Comprimento a todos participantes deste conceituado Blogger.

Para que não haja dúvidas.
A maçonaria no Mundo esta dividida em três segmentos:
O Masculino.
O Feminino.
E o Misto.

E por sua vez nestes segmentos, existem muitos Maçons que alheios a filosofia da Ordem descriminam a Mulher, assim como os próprios maçons de outras Potências, que eles erroneamente chamam de "espúrios".
Mas estes Mal Maçons e radicais não representam a filosofia da Ordem, tanto e que a Mulher pertence sim a maçonaria, e lógico que nas Potências Feminina.
Se não fosse desta forma, não existiria as Potências Masculinas e nem as femininas, seria tudo Misto.

Kim ( kimcostar@hotmail.com )