O
Avental
Artigo do Ir.’. Kurt
Prober, publicado na Revista A TROLHA nº 53 (Março/1991)
O “VERDADEIRO” (? ...)
AVENTAL NÃO EXISTE
Muito
interessante o artigo publicada TROLHA nº 49, pág.64, e embora eu não goste de
meter a colher em seara alheia, vou atender ao pedido do meu velho amigo Ir.’.
LENUZZA a fazer um pequeno comentário sobre o mesmo, pois acho justo que os
Maçons novos e bisonhos não sejam conduzidos a acreditar piamente em tudo o que
se pública.
Para
início de conversa deve ser esclarecido, que NÃO EXISTE e nunca existiu o que
se poderia apelidar de AVENTAL “VERDADEIRO”, e sim apenas aventais “PADRÃO”
adotados pelas várias potências, e quanto MENOS INSIGNIFICANTE for esta
potência, maior a sua vontade de INVENTAR ALGUMA COISA DIFERENTE, na ânsia
mórbida de “sobressair”.
E
querer induzir as várias potências do Brasil, especialmente as agora
consideradas REGULARES E LEGÍMAS, adotem um modelo ÚNICO, é autêntica UTOPIA.
Especialmente ao que diz respeito ao GRANDE ORIENTE DO BRASIL, ÚNICO GRÊMIO COM
VERDADEIRA “TRADIÇÃO”, fundado que foi em 1822 e reinstalado em 1832, SEM NUNCA
TER PARADO DESDE ENTÃO, é querer o impossível, quando até aqui todo mundo
SEMPRE COPIOU o que o GOB fazia.
Mais
antes de mais nada vamos analisar o que foi ilustrado como uma espécie de
AVENTAL LEGÍTIMO, ou digamos melhor ANTIGO, de 1840.
Duvido
muito da “...antiguidade...” do conjunto ilustrado, como sendo da Loja “21 DE
MARÇO Nº 152” do GOB (RN) – NATAL, como ousei pôr em dúvida a balela contada pelo escritor
BRASIL BANDECCHI, autor do livro “A Bucha, a Maçonaria e o Espirito Liberal”,
editado em 1978 quando ainda era profano.
Este
interessante histórico ilustra à pág. 138, nada menos do que “...o AVENTAL que
teria sido do PADRE DIOGO FEIJÓ, Ven.’. da Loja “Amizade” de São Paulo,
falecido em 09.11.1843.
Fui
examinar está pseudo-raridade, a muito custo, numa vitrine do “Instituto
Histórico Geográfico de São Paulo”, e lá fui encontrar:
“...
um AVENTAL, ORLADO DE VERDE, da L(even) L(odge) St. J(ohn) nº 170 de RENTON,
Escócia, uma oficina antiga da Grande Loja da Escócia, que no SIMBOLISMO usa
aventais orlados de VERDE...”.
Era
um avental do tipo MODERNO fabricado pela firma “TOYE & CO. Ltd. de
Manchester”, certamente dado de presente ao “...dizia-se Maçom...” Álvaro da
Veiga Coimbra, de São Paulo, por algum Ir.’. escocês da Loja “WANDERERS”, de
Santos, ou da “UNITY”, de São Paulo. Em maio de 1979 avisei a conservadora do
aludido Museu, da incongruência da classificação, mas acredito que esta
preciosidade continua lá na vitrine fazendo “farol”.
Agora
quanto ao avental da Loja “21 de Março” estou certo que ela dificilmente poderá
provar que o mesmo tenha sido usado por um Obr.: da Loja “Sigilo Natalense”, que
adormeceu em 1840 e só voltou a trabalhar em 04.12.1845. No máximo poderiam
“argumentar”, que este avental e a fita (de ROSA- CRUZ em que penduraram uma
jóia de M.: M.:) tenha sido do Vigário Bartholomeu da Cunha Fagundes, Ven.’. desta
Oficina em 1856, que em 01.05.1864 se filiou ao Gr.’. Or.’. do Brasil.
Mas
até isto seria difícil de “insinuar”, pois os aventais usados naquela época, de
conformidade com a Constituição do GOB, de 20.04.1865, pág.92, deveriam ser:
“AVENTAL
branco de pele, forrado e orlado de ESCARLATE, com uma algibeira abaixo da
abeta, sobre a qual estão bordadas as letras “M.’. B.’..”.
Era
este mais ou menos o padrão usado pelo Grande Oriente de FRANÇA, embora o
mestre J.M. RAGON em seu “RITUEL DU GRADE DE MAITRE”, pág. 3 é positivo ao
afirmar que este “tablier” DEVE SER “AZUL” com as letras M.’. e B.’., e isto,
bem entendido, falando do Rito ESCOCÊS A.’. e A.’..
Se
o Grande Oriente do Brasil naquela época, por iniciativa própria adotou a orla
ESCARLATE, certamente fê-lo diferenciar os aventais do rito ESCOCÊS dos usados
pelos ritos MODERNO e ADONHIRAMITA, pertencentes ao GRANDE CAPITULO DOS RITOS
“AZUES”, organizado em 07.05.1858.
Por
estas e outras o Congresso de LAUSANNE, de 1875, citou a cor VERMELHA para o
avental “Simbólico” ESCOCÊS, e por causa destas incongruências as resoluções
deste Congresso nunca foram tomadas a sério, e são totalmente ignoradas pelos
SSupr.’. CCons.’. do Mundo.
Agora,
o que NÃO HOUVE no GOB, como vimos pela Constituição citada e outras
subsequentes, foi o “DELTA LUMINOSO, RAIADO, na abeta, onde deveriam estar as
letras “Mercedes Benz’, e muito menos os ESQUADRO E COMPASSO com o “Gimel”
entre o M.’. B.’. na parte de baixo do tal avental “dito de 1840...”.
Esta
“invenção” é puramente comercial, e nos catálogos de firma francesa V. GLOTON,
Paris, podemos escolher aventais com as orladas “AZUL” ou “VERMELHA”, entre 15
modelos diferentes, por tudo quanto é preço nos mais variados acabamentos e
modelos.
SALDANHA
MARINHO em seu Grande Oriente Unido, na Constituição de 22.09.1873,
simplesmente “copiou a parte da fitas e joias do GOB de 1865”.
O
Grande Oriente do Brasil, por sua vez, conservou a cor ESCARLATE nas
Constituições de 1865 até 1907, mas na prática desde 1889 tinha substituída a
cor escarlate pelo “AZUL” também no Rito Escocês.
Por
Decr. 72 de 28.08.1889 o Gr.: M.: Visconde Vieira da Silva “mandou adotar e
imprimir os NOVOS RITUAIS 1, 2 e 3 do RITO ESCOCÊS, modificados pelo Supr.’.
Cons.’. em Sess.’. de 01.08.1889 (Bol. 1889, pág.118). A edição destes novos
rituais foi feita com data de 1891, 1892 (neste ano foi editado em São Paulo
até um ritual ESCOCÊS em ITALIANO), 1895, 1896 e em 1898, só que neste último
ano ainda foram adotadas outras modificações no Ritual, em 01.07.1898,
alterações estas que foram mantidas nos rituais de 1902, 1909, 1914, 1919,
1923... até 1954.
Pois
bem, em todos estes rituais de 1898 até 1954 – e isto merece destaque – era
previsto:
“Avental
branco, forrado e orlado de AZUL, com uma roseta da mesma cor e a abeta
descida”. Mas na prática, apesar de ter sido OFICIALMENTE ADOTADA a cor “AZUL”
para todos os aventais do SIMBOLISMO, portanto desde 1889, muitas oficinas
insistiam em manter a cor VERMELHA na orla e o PRETO no forro, pois poderiam
tão bem serem usados e seus CAPITULOS ROSA-CRUZ E ASSIM DIMINUINDO-SE O CUSTO
DAS ALFAIAS PARA os OObr.’. e a Loja.
De
repente, ao ser reimpresso o ritual Gr.’. 3 em 1955, um dos eternos “abelhudos novidadeiros”,
que na administração começavam a pôr as “manguinhas de fora” continuando no
frontispício a indicação: “ADOTADO em 01.07.1898” (... e tenho um ritual destes
assinado pelo novo Gr.’. Secr.’. Ger.’. protegido nomeado depois do “Estado de
Sitio do Governo de 23/30.11.1955) - Altamiro Meirellos Grillo – onde se lê à
pág. 5:
“Avental
Branco, forrado de negro, orlado de vermelho, tendo uma roseta no centro da
aberta descida, e duas rosetas iguais, uma em cada extremidade inferior do
avental, sempre dentro da orla. Tolera-se também, em lugar das duas rosetas
inferiores, as iniciais “M” e “B”, nos lados direito e esquerdo, da mesma cor
vermelha. E esta bobagem continuou nos rituais de 1958, 1959 e 1962, durante
todo o tempo do Gr.’. M.’. Álvaro Palmeira.
Quando
em 1968 tomou posse o novo Gr.’. M.’. Moacyr Arbex Dinamarco ele imediatamente
mandou rever o ritual ESCOCÊS que no mesmo ano impresso assim pontifica:
“Avental
branco, forrado de negro ORLADO DE AZUL e com um leve debrum VERMELHO
(aconselhado pelo palpiteiro NICOLA ASLAN...), tendo uma roseta AZUL no centro
da abeta descida, e duas rosetas iguais, uma em cada extremidade inferior do
avental, dentro da orla (... É FACULTATIVO O DEBRUM).
Ficou
igual o avental nos Rituais de 1970, 1972, 1976 e 1978, quando o S.’.G.’.C.’.
Ariovaldo Vulcano conseguiu convencer que o Supremo Conselho era responsável pela
manutenção da “pureza do Rito Escocês”, conseguindo do Gr.: M.: OSÍRIS a
assinatura do Decr. 50 de 07.07.1981, foi aí eliminado de uma vez por todas o
tal CORDÃOZINHO VERMELHO no debrum, e assim continua tudo hoje.
Aliás,
foi também a partir deste ritual de 1981, que os APRENDIZES voltaram a
sentar-se na coluna do NORTE, e os companheiros na coluna do SUL, depois de
terem sido sentados nos lados ERRADOS há quase século e meio no GOB.
O
Gr.’. Or.’. Independente (COLEGIADO, agora..) do Rio Grande do Sul, que desde a
sua formação tinha copiado toda a organização do Grande (Oriente do Brasil, como sempre o fizeram
todos os DISSIDENTES no Brasil (e ainda hoje o fazem), desde 1893 usava avental
orlado de AZUL, como se vê de seus rituais Gr.’. 3 de 1903, 1914, 1923, 1936 e
1945. Passou adotar avental orlado de VERMELHO NO RITUAL DE 1957 – NATURALMENTE
“MACAQUEANDO” O RITUA DO GOB DE 1955, mas já em seu ritual Gr.: 3 de 1967
quando fazia parte da Federação do GOB voltou ao avental orlado de AZUL, mas
agora como o tal DEBRUMZINHO VERMELHO, sinal que já antes de 1968 “alguém”
tinha acordado...
E
como o novo DISSIDENTE “DANYLO” também foi copiando os rituais do GOB, em
vigor, naturalmente foram impressos os dos anos de 1976, 1977 e 1978 com
Avental AZUL.
Mas
agora mesmo tudo vai ficar AZUL mesmo, pois em “Circular de 24.10.1990 o Gr.:
Or.: Diss.: do Rio Grande do Sul” DETERMINOU A VOLTA AOS RITUAIS DE 1894,
impressos em 1895.
Só
da galhofa posso aqui ainda citar que as Lojas Escocesas SIMBÓLICAS são pelos
SSupr.’. CCons.’. jurisdição NORTE e jurisdição SUL qualificados de “BLUE
LODGES” (Lojas AZUES), bastando só reler o Art. XVII Nº24/24 dos Estatutos de
1963 da Jur. SUL.
E
vale aqui destacar ainda, que especialmente nos EE.UU. da América do Norte,
ainda hoje se usa no SIMBOLISMO aventais de tudo quanto é TAMANHO, FORMATO,
PADRÃO e até triangulares podem ser encontrados.
Mas
voltemos ao BRASIL e o Gr.: Or.: do Brasil.
Não
foi o Sr. Mário Behring, egocentrista, vaidoso e perjuro, que “INTRODUZIU O
AVENTAL AZUL por ocasião da cisão de 1927, para angariar a simpatia da Grande
Loja Unida da Inglaterra...” como afirma o articulista ...”o que é óbvio, pois
o que ele precisava BAJULAR eram os SSupr.: CCons.: dos Estados Unidos, para
que finalidade ele em 1926 tinha FUNDADO UMA NOVA Loja “SILÊNCIO 81”, no RITO
ESCOCÊS (não no de YORK),... que acabou sendo a única Loja DISSIDENTE do GOB,
no cisma de 1927 no Rio de Janeiro, pois dela era membro ativo o próprio
“comandante em chefe”.
Acontece
apenas, que o “sabidinho BEHRING”, ao preparar o seu ritual do Gr.: 3, editando
em 1928 e NÃO EM 1927 como a maioria dos “entendidos das GGr.: LL.: costumam
afirmar. Pelo jeito ficou INDECISO... e à pág. 8 simplesmente ESQUECEU...de
PROPÓSITO... de indicar a cor do ORLADO, saindo assim pela tangente:
“...O
Avental é de pele branca, de 35 x 40cm, com abeta triangular. É orlado de FITA
de 5 cm de largura e FRANJAS DOURADAS, tendo TRÊS (agora já são três...)
rosetas de cor da orla, duas no corpo e uma na abeta...
QUALQUER
QUE SEJA A COR DA ORLA (???), entre esta e as franjas, CORRERÁ UM ESTREITO
CORDÃO VERMELHO, ...A COR DO RITO...
Ora
bolas. Quer dizer que a escolha da cor do ORLADO FICAVA A GOSTO DO FREGUÊS...
Mas como apareceria o CORDÃO VERMELHO, se o orlado fosse VERMELHO? ... Seria
isto uma simples asneira, de modo que é de se presumir, que o Sr. Behring sabia
perfeitamente, que a orla deveria ser AZUL, só que não o queria dizer, para dar
razão ao Gr.: Or.: do Brasil.
Quer
dizer que foi na realidade o Sr. BEHRING o “INVENTOR” do famigerado CORDÃOZINHO
VERMELHO, modelo que já em 1949 fabricava nos seus aventais o Ir.’. João
Ferreira da Silva, e ainda em nossos dias aconselhava e fabricava o Ir.’. JOSÉ
RONALDO MEIRELES, Ven.: da Loja “LÁZARO ZAMENHOF”, apesar de ser funcionário do
Gr.: Or.: do Brasil, Poder Central, hoje um autêntico “PIANO DE CAUDA”, que já
deveria ter sido aposentado há muitos anos, pela sua comprovada deficiência
física visual. E hoje anda, como “cabo eleitoral de Teixeira Neto”, apregoando,
bom som que “...irá levar a sua Loja para a Grande Loja...”.
Não
há “AVENTAL VERDADEIRO NO BRASIL” e nem no mundo inteiro, onde, isto sim, se
deveria UNIFORMIZAR não os aventais, modificando o que já agora está mais ou
menos padronizado, mas sim muitas outras “coisinhas”, e principalmente o
“BRIO”, a “VERGONHA” e o verdadeiro e puro “IDEAL MACÔNICO”, cultivando a
FRATERNIDADE MAÇÔNICA ao invés da “VAIDADE PESSOAL”.
Mas
na realidade NINGUÉM SABE O QUE QUER.
Poderia
eu citar vários autores estrangeiros, como os nossos “historiadores” costumam
fazer para demonstrar ciência, mas creio suficiente mencionar aqui apenas o bem
conhecido Ir.’. JULES BOUCHER, que em 1948 editou a sua obra “LA SYMBOLIQUE
MAÇONNIQUE”, e de cuja 2ª edição de 1953 vale citar o que pontifica à pág. 193
(Ref. F-1953, 558):
“...L’
E COSSISME se devis e em QUATRE grands groupes:
MAÇONNERIE
‘BLEUE’ (AZUL) - (Loges SYMBOLIQUES)
MAÇONNERIE
‘ROUGE’ (ROXA) - (Chapitres de Rose-Croix)
MAÇONNERIE
‘NOIR’ (PRETA) – (Areópages de Kadosh) e MAÇONNERIE ‘BLANCHE’ (BRANCA)-
(Supreme Conseil) ...”.
Prova
mais este autor, que a cor “VERMELHA” NÃO É A COR DO RITO ESCOCÊS como Behring
CAPCIOSAMENTE afirmou em seu ritual de 1928, mas sim apenas A COR DO CAPITULO
ROSA-CRUZ.
E
até os seus devotos “asseclas” sabiam disto, tanto assim, que “BENJAMIN REIS
(filho de Carlos Reis, Gr.: M.: da nova Gr.: Loja de São Paulo) em carta de
25.05.1928 (original em meu arquivo) a Mário Behring, assim argumenta sobre a
matéria:
“...a
Loja Amizade tem de renovar todas as suas alfaias para a posse da administração
na 1ª quinzena de junho, mas eu levantei a dúvida se a cor das fitas dos
colares com as insígnias dos cargos deveria CONTINUAR A SER ESCARLATE, sendo a
Loja SYMBOLICA – Alguns IIr.’. aventaram a ideia de ser a mesma conservada,
porque ela é tradicional há 100 anos.
Por
outro lado a Maçonaria SYMBOLICA É AZUL.
Daí
o não podermos resolver o caso. Pediria ao Pod.’. Ir.’. o obséquio de me
informar, com a sua alta autoridade no assunto, se podemos continuar com a cor
ESCARLATE ou não, e neste caso, qual é a cor que a liturgia impõe?...”
Não
sei o que Behring teria respondido. De qualquer modo só poderia ter contestado
o que mais tarde seria impresso em seu ritual de 1928:
“...A
fita é de seda achamalotada AZUL CELESTE, de 12cm de largura, orlada de
vermelho, tendo, pendente de sua extremidade a jóia do grão, que é um esquadro,
sobreposto por um compasso aberto em 45º. É usada a tiracolo, da direita para a
esquerda...”
Merece
nesta altura, como conclusão deste arrazoado, ser ainda aqui incluída a
COMPROVAÇÃO, de que o digno Sr. MARIO BEHRING não tinha as “qualidades” agora
mesmo apregoadas em pomposo artigo divulgado no Boletim “ACACIA” da Insp.’.
Litúrgica do Rio Grande do Sul - nº3, de dez. 1990, pág. 12.
“...que
se revelou SEMPRE um CARÁTER COERENTE, de DESAMBIÇÃO e tolerância”.
“...e
QUE INTEGROU A MAÇONARIA BRASILEIRA A MAÇONARIA UNIVERSAL” - como se antes dele
o Gr.: Or.: do Brasil não estivesse integrado, e isto sendo ele a potência
ÚNICA...”
Vejamos:
Vai aqui transcrito o que ESCREVEU e PUBLICOU o Sr. BEHRING no Boletim do
Grande Oriente do Brasil de 1903:
“...pág.826;
O progresso atual não permite que Maç.: CERRE AS PORTAS DOS SEUS TEMPLOS AO
DESCRENTE. E O RITO MODERNO, que é a
EXPRESSÃO MAIS ADIANTADA NA MAÇ.: DE HOJE, fez dar à Inst.’. um passo
gigantesco, abrigando em seu seio a PROFANOS QUE OS OUTROS RITOS REPELIAM”.
“...pág.
831: No Brasil mesmo, tem-se sucedido como no mundo profano as crises de
agitação e estagnação, e nos pontos em que o prurido de liberdade SEM PEAS é
maior, surgem de vez em quando as revoltas contra a autoridade LEGAL, contra a
SUPREMA DIREÇÃO, causando entraves à política que deve ser nossa da direção da
Maç.: da América Latina.
É
esse o nosso dever, visto como o GRANDE
ORIENTE DO BRASIL, POTÊNCIA MAÇÔNICA RECONHECIDA E RESPEITADA, com UM NOME JÁ
FEITO PELA SUA IDADE, cuja jurisdição nunca foi invadida pelas outras
potências maçônicas, o que não acontece com as nossas Irmãs das duas Américas,
SÓ ELE ESTÁ EM CONDIÇÕES de iniciar a obra da união dos Maçons da América
Latina, consolidando a Ordem, e habilitando-a a representar o mais brilhante
papel nos congressos maçônicos que periodicamente se reúnem, a fim de facilitar
a ação comum dos Maçons do mundo inteiro”.
De
passagem se diga, que as GRANDES LOJAS admitem a autenticidade destas palavras
de seu “DEUS”, pois as citaram textualmente no “Relatório da 1ª Conferência dos
ALTOS CORPOS SYMBOLICOS DO BRASIL” - Anuário de 1935, conferência esta
realizada em março de 1935 na sede da Gr.: Loja Simb.: do Rio de Janeiro (pág.
17).
E as DEZ
GGr.: Lojas então reunidas não se vexaram de publicar estas declarações tão
comprometedoras para a HONORABILIDADE do Sr. Behring, que por seu Decreto
idiota nº7 de 03.08.1927 teve a nímia gentileza de DECLARAR “IRREGULAR” este
mesmo GRANDE ORIENTE DO BRASIL que apesar desta asneira se tornou a “MAIOR
POTÊNCIA MAÇÔNICA DA AMÉRICA LATINA”, o
que o próprio Supremo Conselho DISSIDENTE de 17.06.1927 teve de admitir, ao se
sentir compelido o SGC Alberto Mansur, a assinar o Decreto nº 75, em
01.01.1988, “REVOGANDO o Art. 1) do Decr. 7 (com isto voltando o GOB, a ser
REGULAR) e deixando as Grandes Lojas do Brasil a serem as ÚNICAS regulares em
nossa terra...”. Escusado dizer, que este DECRETO, que originou até uma
“Interpelação do Clube C.M.S.B.” não foi publicado... no Boletim informativo,
para que não houvesse muita divulgação.
Eis
aí uma colaboração ao interessante estudo do Ir.’. ASSIS, “O AVENTAL MAÇÔNICO”,
editado em 1989 pela Editora A TROLHA, complementado, assim, com dados
“DOCUMENTADOS”, e não os habituais palpites de articulistas avulsos.
Em
tempo posso e devo ainda esclarecer, que os aventais ilustrados na TROLHA nº49
(vermelhos com M(ercedes) B(enz), Esquadro e Compasso etc.) foram fabricados
por modelos trazidos da França, e entre nós distribuídos de presente..., por
emissários... de PPOT.’. IRR.’. de lá, simplesmente, “dizendo que eram os
aventais que lá se usava. Até no GOB, aqui no Rio de Janeiro, apareceu uma
amostra destas.
Diagramado pelo Ir.'. Henry Marinho MI
Membro da Grande Loja Maçônica do Estado do Maranhão - GLEMA
Obs.: Neste texto foram mantidas, dentro do possível, as diagramações e escrita do Ir.'. Kurt Prober, conforme publicado nA TROLHA.